Domingo

Neste domingo o Evangelho narra-nos a conversão de Zaqueu que acolhe o eterno abraço da Misericórdia de Deus que entra na sua casa e na sua vida renovando-a em absoluto. Percebemos que a pequenez de Zaqueu não era apenas uma questão de estatura física, mas de dignidade de vida. Ele deixou-se corromper pelas riquezas materiais tornando-se odiado pela opinião pública dos seus conterrâneos. Fruta da sua curiosidade em ver Jesus despiu-se da sua compostura e prestigio e subiu para os ramos de um sicómoro. 


Surpreendentemente ouviu Jesus dizer-lhe” Zaqueu, desce depressa, hoje devo ficar em tua casa”. Naquele” devo “ até parece que Jesus está em débito com Zaqueu. Jesus revela pressa, pois a salvação de Zaqueu era urgente. De facto o amor dá tudo por alguém e não suporta demoras. No contacto pessoal com Jesus, Zaqueu percebe que o amor gratuito de Deus merece uma resposta de amor, sem cálculo, pois a única medida do amor é amar sem medida. Por isso responde com generosidade e sem calculismos:” Senhor, vou dar aos pobres metade dos meus bens e se causei qualquer prejuízo a alguém restituirei quatro vezes mais.
Senhor, o Teu amor é primeiro, quando penso procurar-Te, já Tu me procuras há muito. Obrigado pelo Teu amor, porque nunca te cansas da nossa pequenez. Ajuda-nos a revelar a beleza do Teu amor, aos que ainda te não amam.
D. Francisco Senra Coelho
In: Rádio Renascença